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    30/06/2014

    Após Dilma ceder, PR formaliza apoio à candidatura petista

    Partido era a última dúvida dentre os aliados. Mesmo com a saída do PTB da base de sustentação, Dilma terá mais de 11 minutos de televisão


    Presidente Dilma Rousseff terá o apoio do PR em sua candidatura para a reeleição


    O apoio do Partido da República (PR) à candidatura de Dilma Rousseff para um novo mandato como presidente custou a cabeça de um ministro de Estado, mas foi selado nesta segunda-feira, prazo final para a realização das convenções partidárias. Em pouco mais de meia hora, a decisão foi tomada pelo partido por 23 votos favoráveis e um contra. O único voto divergente foi o do líder do PR na Câmara, Bernardo Santana (MG), que enviou procuração para que o senador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) votasse, por ele, a favor da candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

    Bernardo Santana foi um dos autores do movimento “Volta Lula” que, no início do ano reuniu apoio de parte da bancada do PR no Congresso para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputasse o comando do Planalto no lugar de Dilma. Como o PT de Dilma já tinha garantido aliança com PMDB, PSD, Pros, PDT e PP, além de contar com o PRB, a campanha da presidente assegurou o maior tempo de televisão na propaganda eleitoral partidária: pouco mais de 11 minutos.

    Na semana passada, o PR condicionou seu apoio à demissão do ministro César Borges, que é filiado ao partido, do comando da pasta dos Transportes. Internamente, a legenda não estava satisfeita com o isolamento do ministro – mesmo Dilma considerando seu desempenho técnico muito bom. Dilma cedeu e nomeou Borges como ministro da Secretaria de Portos e devolveu o comando dos Transportes ao ex-ministro Paulo Sérgio Passos, que já tinha perdido o mandato por pressão do seu próprio partido.

    Segundo interlocutores do partido, o PR aceitou Passos no cargo apenas para um período temporário. Caso Dilma se reeleja, a legenda deverá pressionar a troca para alguém mais alinhado com o partido, que é parcialmente comandado por Valdemar Costa Neto, que está no presídio da Papuda cumprindo pena por envolvimento no processo do mensalão.

    A troca política foi catalisada diante do recuo do PTB em apoiar a presidente. Segundo fontes com trânsito no Planalto, Dilma temeu que houvesse uma perda de controle entre os aliados. Antes de tomar a decisão de acatar a pressão do PR, a presidente ainda consultou a cúpula do PT, que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fiador de sua campanha.






    Fonte: Terra/JE, com informações da Agência Brasil
    Por: Diogo Alcântara, Direto de Brasília