CAMPO GRANDE (MS),

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    25/11/2013

    Suspeito de participar de sequestro de bebê se apresenta à polícia em MS

    Marido da manicure que também é suspeita do crime foi preso pela polícia.
    Ele nega envolvimento e diz ter sido enganado pela companheira.

    Suspeito de roubo de criança de 4 anos se apresenta a polícia em MS (Foto: Nadyenka Castro/G1 MS)

    Suspeito de participar do sequestro de uma menina de 4 dias, Carlos dos Santos, 25 anos, se apresentou na tarde desta segunda-feira (25/11) à Polícia Civil. Ele é marido da manicure Renata Silva de Jesus, 33 anos, também considerada suspeita do crime, foi preso porque a Justiça já havia decretado sua prisão preventiva e nega envolvimento.

    “Jamais eu ia tirar a criança de uma mãe”, disse ao G1 acompanhado pelas advogadas Elizabete Nunes Delgado e Marilza Félix de Melo. Santos relata que estava com Renata há quase dois anos e acreditava que ela estava grávida.

    “Eu fui enganado, acreditei que ia ter um filho que nunca existiu”, afirmou. “A coisa que eu mais queria era ser pai, mas não dessa forma”, diz referindo-se ao sequestro. Na versão dele, no dia do crime foi chamado pela companheira para fazer um passeio com ela e dois amigos. Santos alega que estava sob efeito de drogas e ainda bebeu ao chegar ao bairro Dom Antônio, onde o crime foi cometido.

    Quando o efeito do entorpecente e do álcool passaram, ainda na versão do suspeito, o grupo já havia pegado a criança. Ele diz não saber o motivo que levou a manicure a participar do sequestro. “Até agora eu tô querendo saber”, afirma.

    As advogadas disseram ao G1 que a mulher nunca deixou que Santos a acompanhasse nos exames pré-natais e falam que o homem chegou a tatuar o nome do filho, que seria um menino. Elizabete e Marilza dizem que seu cliente não chegou a descer do carro durante o crime e tampouco estava dirigindo. Elas dizem que entrarão com pedido de liberdade ainda nesta semana alegando que o rapaz tem residência e empregos fixos.

    Renata ao ser encaminhada ao IML depois de
    presa . (Foto: Yarima Mecchi / G1 MS)
    Contradição

    Renata já apresentou duas versões sobre o sequestro. Na primeira, contada ao G1, disse que havia sofrido um aborto e conheceu dois bolivianos que prometeram um bebê a ela e contou que no momento em que foi presa, estava arrumando a criança para entregá-la à polícia.

    Em um segundo momento, ao depor, contou outra história. Disse ao delegado que cuida do caso, Paulo Sério Lauretto, que pegou o bebê porque tinha que pagar uma dívida relacionada ao tráfico de drogas feita em 2008 quando foi presa ao tentar traficar entorpecente para dois bolivianos. Afirmou ainda que o crime foi coordenado pelo pai da bebê, que está preso. A criança é fruto de uma relação extraconjugal entre ele e a mãe da recém-nascida.

    Crime

    A mãe da criança registrou boletim de ocorrência contando que estava a caminho de casa quando foi abordada por quatro pessoas dentro de um carro. Um dos ocupantes desceu e, armado com um revólver, afirmou que levaria o bebê. "Ele disse 'dá licença que eu tô (sic) levando' e pegou a neném do carrinho”, disse ao G1.

    Ela disse que tentou seguir os suspeitos após o sequestro, mas não conseguiu alcançá-los. A recém-nascida, que ainda não havia sido registrada, foi encontrada no fim da manhã desta terça-feira em uma residência do bairro Tiradentes. Policiais chegaram até o local com informações sobre a placa do veículo usado no crime.


    Do G1 MS

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