CAMPO GRANDE (MS),

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    12/07/2013

    Dourados: Manifestantes queimam pneus em frente à Câmara Municipal

    Grupo que ocupa prédio do legislativo interditou avenida por 40 minutos.
    Movimento reivindica passe livre e municipalização do transporte público


    Pneus queimados em frente à Câmara Municipal (Foto: Flávio Verão/Dourados Agora)


    Um grupo de manifestantes queimou pneus em frente à Câmara Municipal de Dourados, cidade localizada a 225 quilômetros de Campo Grande, nesta sexta-feira (12/7). A avenida Marcelino Pires, uma das principais da segunda maior cidade do estado, ficou interditada das 17h40 (de MS) às 18h20, de acordo com a Guarda Municipal.

    O protesto foi organizado pelo grupo que está acampado na sede do legislativo douradense desde a noite de 4 de julho. O estudante de artes cênicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) conhecido como Tatus Park relatou ao G1 que a queima de pneus foi feita por conta da falta de interesse do poder público na pauta de reivindicações.

    "Como solução imediata queremos a redução da tarifa de ônibus de R$ 2,50. Depois, passe livre para todas as classes e municipalização do transporte público", relatou.

    A Guarda Municipal informou ainda que os próprios manifestantes limparam a avenida após o protesto. Segundo a Polícia Militar, não foram registradas ocorrências de violência ou vandalismo.


    Manifestantes limpam avenida após protesto
    (Foto: Flávio Verão/Dourados Agora)
    Ocupação

    O prédio da Câmara Municipal de Dourados foi ocupado após uma audiência que discutia melhorias no transporte público da cidade. Os estudantes deram início ao protesto porque não concordaram com as propostas apresentadas.

    Eles afirmam que realizam duas reuniões por dia para discutir os resultados da mobilização e dizem ainda que o grupo está dividido em comissões como limpeza, comunicação, segurança e alimentação.

    O legislativo douradense está em recesso parlamentar desde segunda-feira (8) e recomeça os trabalhos só em 23 de julho. Conforme o presidente da Casa de Leis, Idenor Machado, por questão de segurança ainda não está decidido se, no fim do recesso, as sessões vão ser realizadas no prédio.

    Os manifestantes dizem que vão permanecer na Câmara Municipal até que as reivindicações do movimento sejam atendidas. Entretanto, se a situação não for resolvida até o fim do recesso parlamentar, eles afirmam que as atividades dos vereadores não serão prejudicadas.

    Na última sexta-feira (5), a Justiça decidiu que a Câmara Municipal não tem legitimidade para pedir a reintegração de posse do prédio e que só a prefeitura pode fazer esse pedido. Diante dessa situação, o poder Legislativo enviou um ofício ao Executivo comunicando a decisão judicial.

    Os manifestantes também pedem que o prefeito Murilo Zauith faça uma audiência com eles na sede da Casa de Leis. O chefe do Executivo afirma que já recebeu representantes do movimento em seu gabinete e que está a disposição para novos debates, desde que eles sejam feitos na prefeitura.

    Quanto ao pedido de reintegração de posse do prédio, o prefeito disse que não vai ser feito por parte da prefeitura por entender que os poderes são independentes e que a Câmara precisa buscar outra forma de resolver a situação.


    Fonte: G1 MS
    Por: Fabiano Arruda e Fernando da Mata (com informações da TV Morena)