CAMPO GRANDE (MS),

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    16/10/2017

    Governo estuda criar delegacia exclusiva para casos de racismo

    Ideia foi discutida durante 1º Encontro Interministerial de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial

    Reinaldo Azambuja, governador de MS. (Foto: André Bittar).
    Com 55% da população declarada negra ou parda e ainda com diversas ocorrências de racismo, Mato Grosso do Sul pode ter uma delegacia especializada no combate e registro deste tipo de crime. O assunto foi discutido durante o 1º Encontro Interministerial de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial em MS, nesta segunda-feira, dia 16.

    "Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 55% da população é negra ou parda. Discutir estas questões, ainda mais em um momento de intolerância, é de extrema importância", disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

    O chefe do Executivo estadual ressaltou a importância de estabelecer uma delegacia especializada, aos moldes do que ocorre na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). "Precisamos combater estas intolerâncias. Na hora que organizar em estruturas (as políticas e ações), não tenho dúvida que teremos avanço", disse. No entanto, a ideia ainda está no papel.

    Objetivo - A ideia, com o seminário, que segue até amanhã, é criar e fortalecer as políticas públicas para proteger e, principalmente, combater o preconceito, que, conforme o subsecretário Leonardo de Oliveira Melo, ainda é muito presente na sociedade.

    Dos 79 municípios, 13 têm órgãos voltados para o assunto e outras sete cidades estão em fase de instalação. "Até o fim do mandato, em 2018, acredito que tenha na metade do estado".

    Conforme o subsecretário da Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial e da Cidadania, os casos de racismo que mais acontecem são injúrias e em situações corriqueiras do dia a dia. O exemplo dado por ele é comparação do negro com animais de forma pejorativa em discussões no mercado. "Em brigas pequenas, até em empresas. Esse trabalho de agora é para diminuir isso e aumentar a visibilidade da população negra".

    De recursos já assegurados, o titular explica que são R$ 280 mil de verba do governo e outros R$ 2 milhões fruto de verbas federais. Dinheiro este que, em partes, será liberado para ações, como mapeamento de comunidades quilombolas no Estado.

    A programação de amanhã é voltada para a sociedade civil (conselhos de direitos, representantes e lideranças comunitárias dos quilombolas, matriz africana e movimento negro), a partir das 7h30.

    Fonte: campograndenews
    por: Mayara Bueno


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