CAMPO GRANDE (MS),

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    14/09/2017

    Membros da CPI aprovam iniciar oitivas com secretário de Fazenda do Estado

    Previsão é que Márcio Monteiro compareça na próxima quarta

    © Divulgação
    Os membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Irregularidades Fiscais e Tributárias de Mato Grosso do Sul, decidiram entrar na fase de oitivas. Dessa forma, o primeiro a ser convidado a prestar esclarecimentos é o secretário de Estado de Fazenda, Marcio Monteiro.

    Na ocasião, o deputado Eduardo Rocha, vice-presidente da CPI, reafirmou que é necessário deixar claro que o incentivo fiscal é importante e não deve ser visto como uma alternativa errada, pois sem ele as empresas não vêem para o Estado.

    "Digo isso com o exemplo pelo avanço que a minha Três Lagoas teve nos últimos anos com a chegada de várias indústrias e não seria possível sem os incentivos fiscais. Agora, se os proprietários da J&F enganaram até o BNDS, imagina o nosso Estado", disse Rocha.

    O parlamentar destacou ainda que o grupo deve terminar os trabalhos em no máximo 10 dias para que seja o primeiro da fila, quando a empresa tiver que devolver o que recebeu do Estado em benefícios fiscais e não cumpriu sua parte no acordo.

    "O Estado não passou dinheiro para a empresa, eles deixaram de pagar diante dos benefícios fiscais. A secretaria vem fazendo um grande trabalho. O que temos que fazer agora é cobrar da empresa os prejuízos causados ao Estado e sem dúvida os valores a serem devolvidos irão auxiliar muito as contas estaduais", ressaltou o parlamentar.

    A previsão é que o secretário compareça na próxima quarta-feira (20), no horário da reunião semanal da comissão, às 15h30, no Plenarinho da Assembleia Legislativa.

    Outro ponto destacado na reunião é que o grupo esqueça a ideia de tentar falar com o Procurador Geral da República Rodrigo Janot, já que ele não respondeu o pedido para receber os deputados da CPI e deixa o cargo nesta semana. 

    Os deputados ressaltaram ainda que os trabalhos estão sendo executados tranquilamente sem precisar de informações do procurador. Em dados informados nesta reunião, a CPI está com 60 dias corridos de atuação e cerca de 90% das notas fiscais, referente aos cinco TAREs (Temor de Ajustamento de Regime Especial) já foram analisadas.

    Os cinco TAREs investigados foram firmados entre a empresa JBS, a administração do governador Reinaldo Azambuja e dos ex-governadores André Puccinelli e Zeca do PT. 

    Ainda na próxima quarta, está programada a última visita em uma das unidades da JBS de Mato Grosso do Sul, na cidade de Coxim, no período da manhã. Antes desta, as idas nos frigoríficos de Ponta Porã, unidades I e II de Campo Grande, Cassilândia, Anastácio, Naviraí e Nova Andradina não foram realizadas por que no final do dia da véspera de todas as visitas, a empresa enviou documento informando que não cumpriu o que determinava o acordo.

    Fonte: ASSECOM


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