CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    12/09/2017

    Black Fryday confirma potência do comércio fronteiriço

    © capitanbado
    Com a circulação de mais de 120 mil consumidores e movimentação de compras diretas e indiretas superior a US$ 40 milhões (cerca de R$ 130 milhões, a sexta edição da Black Fryday evidenciou a capacidade econômica e social da fronteira entre o Brasil e o Paraguay, tendo como bases de negócio os municípios de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. De sete a 10 (no lado paraguaio) e oito e nove (no Brasil) deste mês, o longo feriadão levou brasileiros de diversos estados a 95 atrativos pontos de consumo, 30 dos quais em território ponta-poranense.
    © capitanbado
    A sintonia entre os comerciantes dos dois países foi fator decisivo para o sucesso da iniciativa, assegurando excelente atendimento e preços que não deixavam dúvidas sobre sua acessibilidade. No lado Antes mesmo de as portas das lojas serem abertas, as filas já eram enormes, sobretudo em frente aos estabelecimentos mais conhecidos, como o Shopping China. A Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã e a Câmara de Indústria, Comércio e Turismo de Pedro Juan Caballero demonstraram, na prática, ser possível, rentável e produtiva a convivência entre os segmentos produtivos dos dois países.

    E quem ganha com isso é todo o conjunto da sociedade, os que moram na região e os visitantes. Além das vendas diretas com as promoções das lojas, o movimento foi benéfico também para variadas atividades econômicas. Calcula-se que só nos postos de combustíveis o faturamento cresceu 15% no período. Hotéis, restaurantes, empresas de turismo e outros serviços tiveram um impulso extra na procura dos clientes. No entanto, as principais vedetes das prateleiras promocionais foram os eletrônicos, peças das mais caçadas entre os 50 mil produtos disponíveis.
    © capitanbado
    Comparada ao Black Fryday de 2016, o movimento de consumidores deste ano cresceu 20%, informaram os organizadores. O Shopping China, centro de compras de maior circulação na fronteira, registrou superlotação o tempo todo e incrementou as promoções ampliando as margens de descontos nos preços. Sua média de clientes/dia foi de 20 mil pessoas, que encontraram o câmbio favorável – o dólar caiu naqueles dias a R$ 3,26, sendo que em 2016 a moeda norteamericana era cotada, no mesmo período, a R$ 3,40.

    Amaury Ozório Nunes e Alejandro Esteban Benitez Aranha, dirigentes das associações comerciais de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, pontuaram a favorável contradição para o comércio local, observando que mesmo numa conjuntura econômica bastante adversa nos dois países, o número de consumidores do Black Fryday foi maior que nas edições anteriores. O poder aquisitivo dos consumidores não está plenamente recuperado, mas o volume de compras indica uma promissora reação da economia, avaliam os líderes empresariais.

    Outro motivo de destaque no Black Fryday 2017 foi o ambiente tranquilo e de segurança que contagiou comerciantes e consumidores, que tiveram as coberturas das polícias Militar, do Brasil, e Nacional, do Paraguai. Todas as pessoas consultadas nas entrevistas de dezenas de veículos de comunicação que deram cobertura ao evento foram enfáticas ao anunciar o desejo de voltar nas próximas promoções.

    Por: Édson Moraes


    Imprimir