CAMPO GRANDE (MS),

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    23/08/2017

    Tarde de audiências abertas atrai cerca de 170 estudantes de Direito

    © Divulgação
    Na segunda-feira (21), o plenário do Tribunal do Júri do Fórum da Capital foi ocupado por cerca de 170 acadêmicos do curso de Direito da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), que participaram da tarde de audiências abertas a estudantes organizada pela 2ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e do Tribunal do Júri.

    O juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da vara, transferiu as audiências do dia de sua sala padrão, no 1º andar do prédio do fórum, para o plenário, a fim de que o maior número possível de alunos pudessem assisti-las.

    Os cursos de Direito exigem de seus acadêmicos, como atividade complementar e obrigatória, a participação em diversos tipos de audiência, no intuito de aproximá-los da prática jurídica. Diante desta meta, por vezes os estudantes se amontoam e abarrotam os corredores em busca de uma vaga.

    O magistrado afirma já ter visto uma fila de alunos na porta de sua sala de audiências, esperando desde o início da tarde a oportunidade de assistir uma, sendo que, devido à grande procura e ao tamanho reduzido da própria sala, só conseguiram atingir o seu objetivo horas depois. Além deste fato, ressalta a questão da segurança. “Nas audiências criminais, os alunos dividem espaço com policiais, inclusive fortemente armados, e com presos, alguns perigosos, em um pequeno espaço, o que é um risco para todos”.

    Diante desta realidade, já há alguns anos a 2ª Vara do Tribunal do Júri, quando solicitado pelas universidades, agenda uma data para que seus acadêmicos compareçam no plenário do júri e assistam às audiências do dia em maior número e com mais segurança.

    Nesta última tarde, todas as cadeiras do ambiente não foram suficientes para acomodar os estudantes. Ao contrário de dias normais, em que assistem a apenas uma audiência e já precisam sair da sala para dar lugar a outro colega que está na espera, na segunda-feira os acadêmicos puderam assistir a cinco audiências, nas quais mais de 10 testemunhas foram ouvidas, vítimas prestaram depoimento, réus foram interrogados, e até decisão sobre mudança de regime de prisão foi dada pelo juiz presidente. Entre as audiências, inclusive, havia uma do caso “Nando”, de grande repercussão na Capital.

    O magistrado titular da vara entende que há um aprendizado maior nessas tardes abertas. “É diferente de outros dias, porque a gente procura dar um caráter mais pedagógico. Na sala de audiência já se vai direto nas perguntas, então o aluno não sabe nem do que se trata. No plenário, ao contrário, nós fazemos um resumo do caso, situando melhor o aluno. Assim, a qualidade de aprendizado é muito superior”, destaca o juiz Aluizio Pereira dos Santos.

    Fonte: ASSECOM


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