CAMPO GRANDE (MS),

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    09/08/2017

    Sessão Solene homenageia mestres da capoeira de Mato Grosso do Sul

    Deputado João Grandão é autor de Lei que reconhece caráter educacional da capoeira no Estado © Divulgação/ALMS
    Os mestres de capoeira do Estado serão homenageados na Assembleia Legislativa, em solenidade nesta quarta-feira (9/8), às 19h, no Plenário Deputado Júlio Maia. Na ocasião, será entregue a medalha Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba), instituída pela Resolução 23/2017.

    O proponente do evento e autor da Resolução 23/17 é o deputado estadual João Grandão (PT), líder do partido na Casa de Leis. Neste ano, serão 25 homenageados, que representam as cidades de Campo Grande, Ivinhema, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Miranda, Ribas do Rio Pardo, Dourados, Fátima do Sul e Chapadão do Sul.

    Resolução 23/2017 – A Resolução que criou a Medalha Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba) será concedida pela Assembleia Legislativa à pessoas físicas ou instituições que se destacarem em trabalhos, ações e projetos sociais no fortalecimento da cultura e esporte da capoeira. A medalha será entregue preferencialmente na semana do Dia da Capoeira, comemorado em 03 de agosto.

    É Lei – O deputado João Grandão tem sido um árduo defensor da capoeira e do fortalecimento da história e da cultura afrodescendente no estado de Mato Grosso do Sul.

    É dele a Lei 4.968, sancionada pelo Governo no final do ano passado, que reconhece o caráter educacional e formativo da atividade de capoeira. Com isso, o estado do Mato Grosso do Sul passa a ser o primeiro e único do Brasil a ter uma regulamentação específica que permite a integração da capoeira à proposta pedagógica, uma vez que a partir de agora as escolas de educação básica, públicas e privadas, poderão celebrar parcerias com associações e outras entidades que representem mestres e demais profissionais da capoeira no Estado.
    Medalhas Mestre Bimba serão concedidas às pessoas que se destacaram no fortalecimento da cultura da capoeira no Estado
    Representantes do setor consideram a Lei um “marco histórico”, tão importante quanto o reconhecimento da atividade, por parte do Iphan, como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

    “A Lei 4.968 é o início de uma reparação histórica em prol da capoeira, perseguida há séculos pelos governantes, desde 1889, na era joanina, saindo do código penal como atividade criminosa somente em 1932, no Governo Getúlio Vargas, porém marginalizada infelizmente até os dias de hoje”, explicou Lucimar Espíndola (Mestre Caiduro), coordenador-geral do Fórum da Capoeira de Mato Grosso do Sul.

    “Na capoeira a pessoa não aprende apenas dar pernada, mas a se sociabilizar, a respeitar o próximo, a obedecer hierarquia, aprende teatro, música, dança e principalmente a conhecer nossa identidade e a verdadeira história e cultura afro-brasileira. E o deputado João Grandão foi muito feliz ao pensar numa lei que trouxesse tudo isso e, ao mesmo tempo, envolvesse a educação”, acrescentou Caiduro, que garante que a prática da capoeira melhora ainda o desempenho e o comportamento dos alunos dentro da sala e na relação com os pais e familiares.


    Fonte: ASSECOM


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