CAMPO GRANDE (MS),

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    24/08/2017

    CASO MAYARA| Defesa vai pedir exame de sanidade mental para assassino da musicista

    Luís Alberto Bastos Barbosa está preso desde o dia 25 de julho e, segundo advogado, passou mal na cadeia

    Luís Alberto responde pelo crime de Latrocínio. (Foto: Marcos Ermíno/ Arquivo)
    Um mês após o crime, a defesa de Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, irá apelar para um exame de sanidade mental no processo sobre a morte da violonista Mayara Amaral, 27 anos. O técnico de informática confessou ter assassinado a jovem no dia 24 de julho, e disse que estava sob efeito de drogas no momento em que cometeu o crime.

    De acordo com o advogado Conrado Passos, o exame servirá para apontar a "culpabilidade" de Barbosa no crime. "Vamos pedir em função da gravidade do evento, ele nunca fez nada parecido com isto, pode ter tido um surto ou ter sido movido pelas drogas", diz.

    O advogado conta que na última semana Barbosa passou mal dentro do presídio, devido a abstinência das drogas. "Ele passou por problemas seríssimos de saúde em função da abstinência, a família teve de socorre-lo com medicamentos, ele passou muito mal", conta.

    Versões 

    Luiz Alberto está preso pelo assassinato de Mayara desde o dia 27 de julho. De lá para cá, já deu três versões diferentes do crime e de sua linha de defesa no caso.

    No ato de sua prisão, no dia 26 de julho, o assassino disse que havia combinado um encontro com Mayara, com quem ele já se relacionava há algum tempo, foi até a casa de Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, e depois os três decidiram ir ao motel.

    Nesta versão, o assassino chegou a afirmar que os dois (ele e Ronaldo) haviam mantido relações sexuais com Mayara, com o consentimento dela, e que o próprio Ronaldo era quem havia matado a moça, como parte de um plano para roubá-la, e que depois haviam contado com a ajuda de Anderson Sanches Pereira, 31 anos, para ocultar o corpo da vítima.

    Dois dias após a prisão, esta versão foi confrontada pelo advogado do músico, Conrado de Souza Passos, em entrevista ao site Campo Grande News. No dia 28 de julho, Passos contou que tinha indícios de que o suspeito não tinha matado a jovem e sequer havia convidado Mayara para o encontro no motel. O defensor revelou que o cliente havia contado que Ronaldo foi quem deu as marteladas na cabeça da musicista e que depois, no desespero, Luís Alberto ajudou “Cachorrão” a se livrar no corpo.

    No dia 5 de julho, Luís Alberto disse abertamente em entrevista a revista Veja, que matou e se livrou do corpo da violonista sozinho, sob a justificativa de que teve um rompante de raiva após uma discussão com a moça.

    Acusação 

    O Tribunal de Justiça livrou Anderson e Ronaldo das acusação de envolvimento no assassinato. Eles foram soltos e agora Barbosa responde sozinho pelo crime.

    Apesar do clamor popular para que Luis Alberto fosse enquadrado por feminicídio, o Ministério Público manteve a tese de que o baterista matou para roubar e, inclusive, destacou que os bens de Mayara que estavam com o assassino confesso estão avaliados em R$ 17,3 mil - um notebook, um celular, um violão, uma guitarra, um aparelho amplificador e o VW Gol, modelo 1992.

    Ele responde por latrocínio e deve ser julgado pela Justiça comum, o que a defesa não concorda. "Nós entendemos que a competência é do Tribunal do Júri, por se tratar de um homicídio e não latrocínio, eles levaram de maneira equivocada para o juizo comum", considera o advogado.

    Fonte: campograndenews
    Por: Luana Rodrigues


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