CAMPO GRANDE (MS),

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    24/07/2017

    CASO KAUAN| Crianças ajudaram polícia a chegar até suspeito de estuprar e matar garoto de 9 anos em MS

    Homem de 38 anos foi preso após relatos de adolescente que teria ajudado no crime. Suspeito nega.

    Kauan desapareceu em 25 de junho, em Campo Grande (Foto: Reprodução/ TV Morena)
    Relatos de crianças que frequentam o bairro Coophavilla, na região sul de Campo Grande, ajudaram a polícia a chegar até o homem de 38 anos, suspeito de estuprar e matar Kauan Andrade Soares do Santos, de 9 anos. Ele foi preso e nega os crimes. Um adolescente de 14 anos foi apreendido suspeito de participação no caso e falou à polícia sobre o caso.

    O garoto sumiu no dia 25 de junho, depois de sair de casa para brincar no bairro Aero Rancho. O caso começou a ser investigado depois que a família registrou um boletim de ocorrência.

    "Quando houve notícia do desaparecimento, as informações coletadas eram de que o menino saia de casa, ficava soltando pipa na companhia de outras crianças e foi por intermédio delas que chegamos até o adolescente e ao suspeito", afirmou o delegado Paulo Sergio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).

    O suspeito preso se apresentava às crianças como professor e atraia os pequenos para a casa dele, onde oferecia dinheiro em troca de sexo, segundo relatos das vítimas à polícia. "Ele abordava as crianças e se dizia professor. Quem não confia em um professor? Um cidadão acima de qualquer suspeita", disse o delegado.

    Os valores que o suspeito pagava aos pequenos variavam de R$ 5 a 30 e todas tinham o mesmo perfil: eram meninos e alguns cuidavam carros ou vendiam balas para ajudar a família.

    Na última sexta-feira (21), policiais e bombeiros iniciaram buscas no rio Anhanduí, em Campo Grande. O trabalho é realizado ainda nesta segunda-feira (24).

    As investigações apontam, até o momento, que Kauan teria sido morto no mesmo dia do desaparecimento e o corpo jogado na madrugada do dia seguinte.

    Por Gabriela Pavão, G1 MS
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