CAMPO GRANDE (MS),

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    25/07/2017

    CASO KAUAN| Vítima reconhece suspeito de matar o garoto: “tenho pavor dele”

    Deivid foi preso no sábado. Na casa dele, foram encontrados vídeos pornográficos em celulares e computador (Foto: Yarima Mecchi)
    “Tenho pavor dele”. O relato é de uma mulher que diz ter sido vítima, há 12 anos, de violência sexual cometida por Deivid Almeida Lopes, 38 anos, suspeito de ter estuprado até a morte Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, e depois jogar o corpo dele no Rio Anhanduí, com a ajuda de um adolescente de 14 anos. O homem está preso desde sábado (dia 22).

    Nos últimos dias, a foto do suspeito - de ter cometido crime que chocou a cidade - tem sido amplamente divulgada. No sábado (22), a mulher, hoje com 26 anos, descobriu que Deivid é o mesmo homem que, segundo ela, a estuprou quando tinha 14 anos. De acordo com ela, o crime ocorreu em uma casa no Parque Residencial Iracy Coelho Netto, região sul de Campo Grande.

    Ela conta que começou a passar mal quando viu a imagem do homem estampada na internet. “Nunca contei essa história para ninguém. Me sentia culpada por tudo o que havia acontecido, mas hoje penso até em procurar a delegacia para colaborar com a polícia”, destaca.

    A mulher, que hoje tem uma filha pequena, estudava em uma escola no mesmo bairro em que o suspeito morava. Certo dia, convidada por uma amiga, foi à casa de Deivid tomar tereré. O homem, que já tinha comportamento estranho, deu vinho para as adolescentes até embebedá-las.“Adormeci e acordei nua. Ele tinha me violentado. Meu corpo estava cheio de marcas. Fiquei apavorada”, lamenta.

    Os anos se passaram até que a mulher descobriu que o irmão homossexual já havia sido abusado pelo suspeito de matar Kauan, quanto também era adolescente. “Ele tinha 15 anos. Descobri porque vi a foto dele no Facebook do meu irmão. A vítima relata ainda que por medo e raiva nunca mais manteve contato com a amiga que havia a levado para a casa do suspeito.

    Responsável pelo caso de Kauan, o delegado Paulo Sérgio Lauretto informou que vítimas como a mulher do relato devem procurar a delegacia. Mesmo em casos tão distantes assim, a lei ampara as vítimas. Desde 2012, quando entrou em vigor a Lei Joana Maranhão, o prazo para prescrição desse tipo de caso passou a ser de 18 anos.

    Fonte: campograndenews
    Por: Viviane Oliveira e Marta Ferreira
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