CAMPO GRANDE (MS),

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    24/05/2017

    Presa em Campo Grande, mulher de Beira-Mar é um dos alvos da PF

    Jacqueline sendo presa em uma das operações da PF em 2015. (Foto: Michel Filho/Agência O Globo/Arquivo)
    Interna do Presídio Federal de Campo Grande, Jacqueline Alcântara de Moraes, mulher de Fernandinho Beira-Mar, é um dos alvos da Operação Epístolas, deflagrada nesta quarta-feira (24), no Distrito Federal e em mais cinco Estados.

    A ação é contra a quadrilha do traficante que, mesmo preso há 11 anos, atuava no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e movimentou mais de R$ 9 milhões, de acordo com as investigações.

    Jacqueline vai ser levada ainda hoje para Porto Velho (RO), onde estão concentradas as investigações, segundo divulgou o site G1 do Rio de Janeiro. Até o fechamento deste texto, também haviam sido presos a irmã e cinco filhos de Beira-Mar, além de um homem considerado braço-direito do traficante.

    Beira-Mar foi ouvido pela Polícia Federal dentro do presídio em Porto Velho (RO). Ele deve ser levado para Brasília, onde ficará na sede da PF até ser definida a transferência para outro presídio federal. 

    Os policiais cumprem, desde às 6h de hoje, 35 mandados de prisão, sendo 22 prisões preventivas e 13 temporárias, além de 27 de condução coercitiva e 86 de busca e apreensão também nos estados do Rio de Janeiro, Rondônia, Paraíba, Ceará e no Distrito Federal.

    Esquema - As investigações começaram há cerca de um ano com a apreensão de um bilhete picotado em uma marmita, encontrado por agentes na Penitenciária Federal de Porto Velho, onde Beira-mar está preso. Após a reconstituição e exame grafotécnico, foi comprovado que o escrito era de Fernandinho. Ele dava ordem a outros integrantes do grupo que se encontravam em liberdade.

    Foram apreendidos pelo menos 50 bilhetes redigidos ou endereçados ao interno que eram entregues por um esquema elaborado e sofisticado para a transmissão de seus recados. Conforme a Polícia Federal, não há indícios de participação ou facilitação por parte dos servidores.

    Estima-se, segundo a PF, que por mês, a organização movimentava cerca de R$ 1 milhão. O grupo tem bens avaliados em aproximadamente R$ 30 milhões.

    Para comprovar a origem dos rendimentos, a quadrilha montou esquema de lavagem de capitais por meio de empresas de fachada, estabelecimentos comerciais, casas de shows e bares, além de aquisições e reformas imobiliárias.

    Os presos preventivamente serão levados para Porto Velho. Mais informações serão divulgadas às 10h em coletiva de imprensa. O termo epístola, nome da operação, é utilizado para denominar textos escritos de maneira coloquial em forma de carta.

    Fonte: campograndenews
    Por: Viviane Oliveira
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