CAMPO GRANDE (MS),

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    08/11/2016

    Prefeito eleito e bancada de MS discutem obras de R$ 225 mi para Capital

    Valor milionário envolve duas obras consideradas prioritárias

    Prefeito eleito Marquinhos Trad em encontro com bancada de MS no Congresso - Foto: Luís Carlos Campos Sales / ASC Moka

    Reunião entre a bancada federal de Mato Grosso do Sul e o prefeito eleito Marquinhos Trad (PSB) hoje, em Brasília, serviu para dar andamento a pelo menos R$ 225,9 milhões em obras para Campo Grande. Compõem esse valor milionário dois projetos que estão tramitando há mais de três anos: recuperação do Complexo Anhanduizinho, no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel; e a revitalização da Rua 14 de Julho, no Centro.

    As medidas efetivas para tentar liberar os recursos devem acontecer somente a partir de 2017, quando Marquinhos assume o Executivo Municipal. Enquanto isso, levantamentos técnicos precisam ser feitos para garantir que o dinheiro restante de obras seja obtido.

    A recuperação do prolongamento da Avenida Ernesto Geisel depende de R$ 48 milhões para ser concluída, na avaliação preliminar apresentada à bancada federal. Outros R$ 68 milhões estão liberados pela Caixa Econômica Federal e disponíveis para empenho desde começo do ano, mas a demora para realização das intervenções de infraestrutura defasaram a quantia disponível.

    Esse empreendimento está em sua quinta etapa, que compreende a Ernesto Geisel entre os trechos das Avenidas Santa Adélia, na altura do Shopping Norte Sul e Campestre, no Aero Rancho. O trabalho ali inclui construção de muros laterais com placas de concreto e sistema gabião para permitir a drenagem e urbanização com grama no trecho entre a Santa Adélia e a Avenida Manoel da Costa Lima.

    Há também previsão no projeto de serviço de controle de água no canal, com escadarias e outras intervenções para minimizar a força da água da chuva que desce para o rio dos bairros laterais. Compreende também a formação de parque linear, com seis praças de convívio, pista de caminhada e ciclovia com extensão de 8,5 quilômetros.

    Com a chegada de período de chuva em dezembro, a região que sofre com enchentes tende a sofrer novas erosões. “Se as chuvas forem intensas, há risco de as águas invadirem o shopping ali existente, bem como centenas de residências e outras lojas comerciais”, disse Marquinhos.

    O prazo legal para execução dessa obra é fevereiro de 2018. Se não for atendido essa determinação, há risco de se perder os recursos já disponibilizados.

    OBRA NO CENTRO

    A revitalização da Rua 14 de Julho, em Campo Grande, pode dar prosseguimento com trâmites burocráticos para elaboração do contrato entre a Prefeitura da Capital e o Fundo da Bacia do Prata (Funplata). Os US$ 56 milhões (em torno de R$ 177,9 milhões) em financiamento já foram aprovados Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e avalizados pelo governo federal.

    "Repassamos para o prefeito eleito a necessidade de elaboração do contrato. O Congresso autorizou o financiamento", explicou o senador Waldemir Moka (PMDB), que foi relator do processo e é o coordenador da bancada estadual em Brasília.

    Esse projeto foi iniciado em 2010 e prevê requalificação da infraestrutura da 14 de Julho e das ruas transversais, ampliação dos passeios públicos, instalação de redes subterrâneas de energia e serviços de comunicação, mobiliário urbano e arborização.

    O empréstimo tem prazo de 25 anos para amortização, com possibilidade de cinco anos e meio de graça e taxa de juros em torno de 1,5% ao ano (com base na Libor - London InterBank Offered Rate).

    CONTATO DIRETO

    Durante a reunião com Marquinhos Trad, os deputados federais Geraldo Resende (PSDB), Carlos Marun (PMDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), além do deputado estadual Lídio Lopes (PEN), marido da vice do prefeito eleito; estiveram presentes para receber documentos de obras paradas em Campo Grande.

    O coordenador da bancada de MS no Congresso, Waldemir Moka, chegou a ligar para o superintendente da Caixa no Estado, Evandro Narciso de Lima, para pedir orientação sobre recursos em caixa e a serem liberados.

    Lima recomendou que é preciso encaminhar ofícios ao governo federal para solicitar possível prorrogação de prazo para apresentação de projetos complementares. "Não podemos perder recurso empenhando, nem prazos", disse Moka. "Estou tomando medidas de cautela", apontou Marquinhos Trad.



    Fonte: CE
    Por: RODOLFO CÉSAR
    Link original: http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/prefeito-eleito-e-bancada-de-ms-discutem-obras-de-r-225-mi-para/290841/