CAMPO GRANDE (MS),

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    20/09/2016

    Gaeco mira procurador da Câmara por receber propina quando era secretário

    Scaff está preso no Gaeco. (Foto: Arquivo)

    O procurador jurídico da Câmara Municipal, André Scaff, é o principal alvo da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que iniciou na manhã de hoje (20). Scaff está preso por determinação da Justiça, suspeito de receber propina no valor de R$ 3 milhões, para aditar e renovar contratos de empresas prestadoras de serviços com a prefeitura, no período em que foi secretário de finanças, na gestão do então prefeito Gilmar Olarte. 

    De acordo com informação apuradas pelo Campo Grande News, a investigação que resultou na operação de hoje, apurou irregularidades com relação a quantidade de imóveis de Scaff, que seria incompatível com relação a renda de servidor público.

    Scaff é suspeito de receber propinas para aditar e renovar contratos de empresas com a Prefeitura, no período em que ele era de Finanças do então prefeito Gilmar Olarte. Com as fraudes, Scaff teria recebido até R$ 3 milhões com a fraude.

    O procurador está na sede no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O advogado dele, José Wanderley, saiu há pouco da sede e confirmou que seu cliente presta depoimento, mas negou que a condução tenha sido coercitiva – quando o acusado é levado a depor. “Ainda estamos tomando conhecimento do motivo”.

    Logo depois, chegou na sede outro advogado, Gustavo Marques Ferreira, que afirmou ter ido ao Gaeco somente para buscar a assinatura de Scaff.

    A Justiça determinou o cumprimento de dois mandados de prisão, sendo um contra Scaff e outro contra a esposa dele Carine Ribeiro Mauro Scaff, três mandados de busca e apreensão nas ruas Paraíba, Eduardo Santos Pereira e Pernambuco, e um quarto em uma fazenda em Nioaque – município 179 quilômetros de Campo Grande.

    Vinte e duas pessoas devem ser notificações para prestar depoimento no Gaeco, entre elas há pelo menos dois vereadores, Carlão (PSB), Flavio Cesar (PSDB), e o ex-vereador Paulo Pedra (PTD), que teve o mandato cassado em dezembro de 2015, em uma ação por compra de votos.



    Fonte: campograndnews
    por: Luana Rodrigues
    Link original: http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/gaeco-mira-procurador-da-camara-por-receber-propina-quando-era-secretario