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A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul registrou aumento de 8% no mês de agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, crescendo de US$ 213,9 milhões para US$ 231 milhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. No entanto, no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a agosto deste ano comparado com janeiro a agosto de 2015, a queda chega a 9%, diminuindo de US$ 1,90 bilhão para US$ 1,73 bilhão, sendo que, quanto ao volume, o aumento foi de 16% na comparação mensal e, no ano, a queda foi de 7%.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a agosto, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Óleos Vegetais”, “Extrativo Mineral”, “Couros e Peles” e “Alimentos e Bebidas”, que, somados, representaram 98,5% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.
Desempenho
De janeiro a agosto de 2016 as exportações do grupo “Celulose e Papel” somaram US$ 675,8 milhões, apontando queda de 2% sobre igual período de 2015, quando as vendas atingiram o equivalente a US$ 692,8 milhões. A redução observada se deu principalmente pela diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose e papel de Mato Grosso do Sul, com destaque para Itália, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul que somados apresentaram redução, em valores, equivalente a US$ 53,4 milhões.
No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a agosto de 2016 alcançou o equivalente a US$ 524,6 milhões, apontando queda de 9% sobre igual período de 2015, quando o total ficou em US$ 577,2 milhões. A redução observada se deu principalmente por conta da forte diminuição das compras em importantes mercados para as carnes de Mato Grosso do Sul, com destaque para Arábia Saudita, Egito, Japão, e China que somados apresentaram redução, em valores, equivalente a US$ 49,9 milhões.
Outros grupos
No grupo “Açúcar e Etanol”, a receita de exportação de janeiro a agosto de 2016 alcançou o equivalente a US$ 186,1 milhões, redução de 15% sobre igual período do ano passado. Resultado das quedas ocorridas no volume e no preço médio de comercialização do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano. No caso do volume, até o mês de agosto, foram vendidas 590,2 mil toneladas, contra 657,6 mil no mesmo intervalo do ano passado, queda de 10%. Quanto ao preço médio, na mesma comparação, a queda foi de 4,7%, com a tonelada do açúcar exportado por Mato Grosso do Sul sendo vendido a US$ 315,30 em 2016, contra US$ 330,90 em 2015.
Em relação ao grupo “Óleos Vegetais”, o período de janeiro a agosto de 2016 fechou com receita equivalente a US$ 117,3 milhões, indicando queda de 18% sobre o mesmo intervalo de 2015, quando as vendas foram de US$ 142,9 milhões. Resultado influenciado, basicamente, pela queda do preço médio de venda das Farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja e dos Bagaços e outros resíduos da extração do óleo de soja. No caso do primeiro produto a queda foi de 9%, com o preço médio da tonelada sendo vendida, em 2016, por US$ 347,79, contra US$ 380,62 em 2015. Já em relação ao segundo produto, o preço médio da tonelada apresentou queda de 21%, com o preço médio, em 2016, alcançando US$ 327,39, contra US$ 414,92 no ano anterior.
Mais grupos
Quanto ao grupo “Extrativo Mineral”, a receita de exportação acumulada de janeiro a agosto alcançou o equivalente a US$ 93,0 milhões, indicando recuo de 32% sobre o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 136,0 milhões. Resultado fortemente influenciado pela queda de 26% no preço médio da tonelada do minério de ferro, bem como pela redução de 16% no volume comercializado do produto.
Já no grupo “Couros e Peles”, a receita de exportação de janeiro a agosto de 2016 alcançou US$ 76,0 milhões, indicando redução de 7% sobre igual período de 2015. Resultante principalmente da queda de 28% do preço médio da tonelada do couro exportado por Mato Grosso do Sul. Encerrando, o grupo “Alimentos e Bebidas” fechou o período de janeiro a agosto de 2016 com receita equivalente a US$ 18,0 milhões. Indicando aumento de 11% na comparação com o mesmo período de 2015, quando as vendas foram de US$ 16,2 milhões. O crescimento foi influenciado, basicamente, pela elevação das compras feitas pelos Estados Unidos, Bolívia e Alemanha que, somados, proporcionaram receita adicional de US$ 3,1 milhões.
Fonte: ASSECOM
Por: Daniel Pedra
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