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O mais importante destino turístico de Mato Grosso do Sul pode ficar sem o funcionamento do Aeroporto. A determinação é da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que encontrou irregularidades na pista do aeroporto, além do apontamento de usuários e profissionais da aviação de que o local estaria em péssimas condições de pousos e decolagens.
O jogo de empurra-empurra começou com a DIX Empreendimentos, empresa responsável pela manutenção do aeroporto, que afirmou não ser de responsabilidade da empresa e jogou para o governo do Estado, que levou o caso a justiça, uma vez que é clausula contratual. O governo do Estado se comprometeu em assumir o terminal aeroportuário caso nem a DIX e nem a prefeitura resolva o problema e o local feche. O custo da reforma é de R$ 3 milhões.
Na cidade, o assunto já gerou revolta, uma vez que os turistas e empresários, que são os principais usuários estão temerosos, em especial aqueles com reservas fechadas.
“Imagina o Prejuízo na rede hoteleira e nos outros segmentos pensa no caos, tudo isso graças a uma prefeitura que não faz nada, e não sabemos como deixaram chegar a esse ponto”, reclama um empresário que já tem reservas fechadas a partir do dia 15 deste mês e com pacotes de finais de ano, considerada alta temporada no local.
Para explicar a situação, ele usa até uma piada, já que não consegue definir o que viu no local. “É de arrepiar cabeço de careca, as condições da pista do aeroporto. É a mão de Deus que não aconteceu nenhum acidente aéreo aqui em Bonito. E eu estou dizendo porque eu já fui lá e vi eu não acreditei no que eu estava vendo”, denuncia. O empresário prefere não mostrar o rosto, pois teme represálias por parte do poder público.
Para ele, o jogo de empurra não ajuda em nada. "É responsabilidade de todos fazer Bonito funcionar, não ficar esse jogo de jogar a culpa pro outro, quem mora aqui sabe que a prefeitura também abandonou o local", desabafa.
O aeroporto de Bonito começou a funcionar em 2013, com média de 2500 passageiros mensais, e é utilizado também por pecuaristas e empresários da região. A última inspeção pública da ANAC no local foi em agosto de 2015.
