CAMPO GRANDE (MS),

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    13/07/2016

    SANEAMENTO É SAÚDE| Indicadores de saúde em Campo Grande melhoram com a ampliação da rede de esgoto

    Divulgação

    A tese de organizações internacionais e especialistas em várias áreas que saneamento melhora a saúde, a qualidade de vida e traz longevidade foi mais uma vez comprovada em um estudo feito em Campo Grande (MS) com base nos dados do IBGE (Censo, Contagem e estimativas da população), cruzados com informações do Departamento de Informática do Ministério da Saúde, o Datasus. A pesquisa mostra que em 2003 a taxa de internações na Rede Pública de Saúde por diarreias era mais de 157 a cada 100 mil habitantes. Em 2015, o índice passou para 13 pessoas na mesma faixa populacional. Uma redução de 91%.

    Essa redução das internações por doenças diarreicas é diretamente proporcional à ampliação da rede de esgoto: em 2003, o serviço estava disponível para somente 47 mil imóveis. Com o Sanear Morena, lançado em 2006, a rede de coleta de esgoto praticamente triplicou, passando de 29% para mais de 80% em 2015, chegando a 214 mil residências. O avanço continua: neste ano, a rede de esgoto já contemplou 14 bairros. A previsão de investimentos das três fases do Sanear Morena é de R$ 891 milhões. Com outros projetos, o valor chega a R$ 1 bilhão.

    Saneamento garante um futuro melhor

    O estudo mostra outros benefícios na Saúde Pública relacionados ao saneamento em Campo Grande em 12 anos: o gasto com internações por diarreias foi 77% menor - o valor passou de R$ 48.336,37 para R$ 10.763,45 a cada 100 mil habitantes. O número de óbitos em decorrência desse tipo de doença caiu 65%. O índice de crianças hospitalizadas na Rede Pública de Saúde com sintomas de diarreia também caiu em 23%. Um número expressivo, pois segundo o Instituto Trata Brasil os menores de 5 anos representam mais da metade das internações por diarreias no país. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o saneamento é a maior causa de aumento de longevidade da população mundial.

    “Agradeço por estar no lugar certo e com as pessoas certas para fazer os investimentos necessários para melhorar as condições de vida e saúde da população. Imaginem quantas crianças têm agora a chance de um futuro melhor. E serão muito mais nos próximos anos, pois vamos continuar avançando: na terceira fase do programa, serão mais 2.000 km de rede de esgoto. Somos a capital que mais investe em saneamento por habitante e estamos trabalhando para fazer de Campo Grande uma das primeiras com 100% de esgoto tratado e coletado”, afirmou José João Fonseca, presidente da Águas Guariroba, ao anunciar os resultados do estudo do Ministério da Saúde, durante homenagem ao Dia do Engenheiro Sanitarista, na sede do CREA MS, nesta quarta-feira, 13 de junho.
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    Palestra: A infraestrutura que salva vidas

    A data foi comemorada com a palestra “A importância de avançar no Saneamento Básico – A infraestrutura que salva vidas”, do presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos. Com resultados de pesquisas e imagens feitas em diversas regiões brasileiras, ele mostrou a situação crítica do saneamento brasileiro. “O Brasil se divide em diversos países quando se trata de dignidade humana. Ainda temos 500 mil crianças que estudam em escolas sem banheiro. Dentro desse contexto crítico, temos verdadeiras ilhas de saneamento. E Campo Grande está em uma ilha dessas: é a sexta capital entre as que tem os melhores índices em saneamento. Com a melhora nos indicadores de saúde, vocês têm mais motivos para se orgulhar dos resultados conquistados pela Águas Guariroba”, disse ele, se dirigindo ao público presente.

    O evento foi realizado pela Águas Guariroba em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (CREA MS), com apoio da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental de MS (ABES MS) e do Instituto de Engenheiros de MS (IEMS).

    Fonte: “Análise dos Indicadores de Saúde Pública Associados ao Saneamento Inadequado no Município de Campo Grande (MS) no Período 2003-2015”, de Denise Kronemberger.




    Fonte: ASSECOM
    Por: Rogério Valdez

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