CAMPO GRANDE (MS),

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    18/01/2016

    Atentado Terrorista em Burkina Faso deixa vinte e oito mortos e cinquenta e seis feridos

    Militares de Burkina Faso cercam o hotel onde ocorreu o atentado terrorista

    Na última sexta-feira, dia 15, um grupo de terroristas aparentemente vinculado a Al Qaeda, Divisão do Magrebe, iniciou um ataque contra dois estabelecimentos em Uagadugu, capital de Burkina Faso, pequeno país da África Ocidental. Por volta das 19h30m, depois de incendiarem dez veículos, os terroristas invadiram um restaurante e um hotel de luxo, onde uma conferência internacional estava sendo realizada. Em virtude da proximidade do hotel com o aeroporto, diversos voos internacionais que aterrissariam em Burkina Faso foram direcionados para países vizinhos, como Niger. 

    Durante a madrugada de sábado, as forças de segurança nacionais iniciaram uma agressiva ofensiva contra os terroristas. Em algumas poucas horas, militares americanos e franceses foram convocados para prestar auxílio à operação de contraterrorismo. Profissionais franceses da área médica foram igualmente mobilizados, deslocando-se de países vizinhos como o Mali, para auxiliar os reféns feridos, conforme iam sendo resgatados. 

    Apesar da relativa falta de informações de primeira mão com relação aos ataques, vítimas e testemunhas afirmaram que o nível de violência foi, no mínimo, de descomunal brutalidade. Os terroristas pareciam ter por objetivo primário fazer vítimas caucasianas, e, como todos os ataques terroristas recentes a ocorrerem em território africano, as vítimas, em sua grande maioria, eram estrangeiros, de passagem pelo país a negócios, ou a lazer. Indivíduos de no mínimo dezoito nacionalidades diferentes acabaram sendo mortos, como canadenses, ucranianos, suíços e franceses. Uma menina ucraniana de apenas nove anos de idade estava entre as vítimas. 

    Depois de uma resposta agressiva por parte das autoridades policiais e militares de Burkina Faso, combinadas com o auxílio de tropas americanas e francesas, foi possível rechaçar os ataques, e resgatar aproximadamente cento e setenta e seis reféns com vida, a grande maioria, no entanto, seriamente feridos. Depois do ataque ao hotel, a contenda continuou, em menor escala, em um outro hotel nas proximidades. No entanto, sem mortandades, ou graves consequências. Logo em seguida, as autoridades efetuaram buscas em outros hotéis da região, à procura de jihadistas que estivessem tentando se esconder. 

    Não obstante, fontes internacionais ainda divergem consideravelmente com relação ao número de mortos e feridos nos atentados. O número de terroristas envolvido nos ataques também é incerto, sendo seis ou sete o mais prováveis. Entre eles, foram identificadas duas mulheres.